Em tempos de fast fashion e de coleções assinadas por celebridades, é fácil esquecer que a moda é, ou pelo menos já foi, algo revolucionário.
Yves Saint Laurent, por exemplo, foi revolucionário como poucos. Além de ter criado o guarda-roupas da mulher moderna, o estilista, falecido em 2008, abriu os olhos do público para um estilo étnico e global, levando a moda ao patamar da democratização. Praticamente tudo o que vestimos atualmente passou, de alguma forma, pelas mãos de Saint Laurent.
Conheça as principais peças do estilista que mudaram o conceito de moda ao longo da segunda metade do século 20.
Vestido Mondrian, 1965 - Colecionador, Saint Laurent se inspirou diversas vezes na arte para criar suas coleções. Um dos exemplos mais clássicos é o vestido Mondrian, que, mais do que por sua estampa, ficou guardado na memória por seu formato trapézio, marca registrada dos anos 1960.
Safári, 1966 - A jaqueta usada pelos colonizadores na África nunca pareceu tão sexy. Acinturada e com um decote profundo, a jaqueta usada Veruschka, modelo e musa do estilista, dá o tom do militarismo, tendência presente até os dias atuais.
Le Smoking, 1966 - Retirado do guarda-roupas masculino e adaptado para o corpo feminino, o le smoking foi um passo em direção à igualdade entre os sexos. Bianca Jagger, a modelo de espírito livre da época, decidiu vestir um smoking branco em seu casamento com Mick Jagger, em 1971.
Transparência, 1968 - Justamente no momento em que a liberdade sexual das mulheres se descortinava, Saint Laurent apresentou peças totalmente transparentes em seu desfile.
Peças étnicas, de 1970 em diante - Talvez por ter nascido na Argélia, no norte da África, Saint Laurent sempre demonstrou em suas criações o apreço por culturas diferentes. Anos antes de John Galliano misturar períodos e locais em suas roupas, Saint Laurent já fazia isso misturando influências do Ballet Russo e da cultura Black Power.
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